terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Investimentos Militares - Brasil a Caminho da Guerra?


O título de potência regional já está mais do que assegurado, e  almejada  busca por mais espaço e maior presença como protagonista do teatro global estão muito bem encaminhados (vale lembrar as conquistas brasileiras: importantes vitórias na OMC, quitou a dívida com o FMI e ainda se tornou credor, foi pouco afetado pela crise mundial... e mais recentemente conquistou o direito de sediar os 2 maiores eventos esportivos existentes, Copa do Mundo e Olimpíadas).
Mas não podemos esquecer das sábias palavras do Tio Ben, proferidas ao seu sobrinho Homem – Aranha: “Grandes poderes trazem grandes responsabilidades.” E parece que o Lula, prevendo o futuro como seu parente próximo e falecido, o Polvo Paul, resolveu precaver nosso país e abrir a carteira para renovar o armamento brasileiro.
Internamente todos já sabiam que tanto Exército, Marinha e Aeronáutica não tem condições de proteger todo nosso território, seja pela pouca quantitade e qualidade de seus instrumentos militares, seja pelo tamanho do território. Pra quem teve a obrigação oportunidade de fazer o tiro de guerra, sabe que la se encontram armas pouco mais modernas que um estilingue, mas tão eficazes quanto.
O Military balance 2010 (Balanço Militar de 2010), cita que o Brasil possui um ambicioso projeto de modernização militar, cita ainda o projeto de construção de submarinos com propulsão militar.Porém, ao se analisar os países constituintes do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil leva grande desvantagem nos gastos militares, o que pode ser visto como problemático para um país com pretensões ambiciosas no cenário mundial. Tirado do Brasil Econômico: “Enquanto os militares brasileiros contam com um orçamento de cerca de 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB), tanto China quanto Rússia investem mais do que o dobro desse percentual (4,3% e 3,9%, respectivamente). No caso dos indianos, esse número é de 2,5%. Se em valores relativos a comparação é desfavorável, em valores absolutos a situação brasileira não é melhor. Enquanto o país fala em R$ 350 bilhões ao longo de 20 anos, a Rússia anunciou na semana passada um pacote de investimento militar de 20 trilhões de rublos para os próximos dez anos — o equivalente a R$ 1,1 trilhão, ou um valor anual médio seis vezes superior ao previsto pelo Brasil.
 Mas devemos pensar nisso com cautela, não é necessário que o país se torne potência militar, nem mudar a sua imagem de país pacifista, mas sim trata de possuir recursos necessários para garantir a segurança nacional. Talvez possamos até  pensar naquelas placas “Cuidado com o Cão”. A pessoal que compra essa placa não tem a intenção de sair por ai matando todo mundo com seu cachorro, mais pendura essa placa no seu portão para afastar “curiosos”...
Segundo notícias publicadas agora em dezembro pela ABIMDE – Associação Brasileira das indústrias de Materiais de Defesa e Segurança – o reequipamento militar custará R$350 bilhões. Esse plano prevê investimentos até 2030, no Exército (43%), Aeronáutica (37%) e Marinha (20%). Apesar desses bilhões ser um valor elevado, se for dividido pelo prazo em que ele será aplicado, de duas décadas, dará uma média anual de menos de R$ 20 bilhões, e o orçamento do Departamento de Defesa brasileiro chega na casa dos R$ 60 bilhões... Então, por que precisa de mais bilhões???  Porque a maior parte dessa verba é usada para pagamento de salários, benefícios e para fins sociais, como projetos mantidos na Amazônia.
Ok, mas... de onde sairá esse dinheiro? Aí esta o X da questão, o Governo estuda criar uma taxa sobre o petróleo extraído do pré-sal... Exato, já existe tanta discussão sobre como será usado o dinheiro ganho com o pré-sal, que nem começou a ser explorado ainda, e os militares já estão fazendo conta com esse dinheiro que ainda não existe...

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